quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Espaço para a divulgação científica


Espaço da Ciência (Foto: Éder Souza)
 A preservação das diversas espécies de animais é um dos objetivos dos biólogos. Mas o que fazer quando alguns deles são encontrados já sem vida? Uma visita ao Espaço da Ciência da UENF mostra que os animais podem ser úteis até depois de mortos. Ali, cerca de 200 animais empalhados — ou “taxidermizados”, como preferem os cientistas — ajudam a contar a própria história para estudantes, em sua maioria de ensino fundamental e médio.

— A maioria do acervo é composta por animais mortos devido a atropelamentos, ou ainda em virtude de maus tratos. O acervo exposto está autorizado pelo Ibama para exposição didática — diz o professor Ronaldo Novelli, do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da UENF, que coordena o Espaço da Ciência. O local abriga ainda cerca de 500 animais conservados em formol, além de 2 mil animais marinhos coletados pelo próprio Novelli, que também é mergulhador.

Oito estagiários são os responsáveis por recepcionar os visitantes, que ficam sabendo tudo sobre a vida e os costumes dos animais, bem como sobre todo o processo de taxidermização. Eles também são os responsáveis pela reprodução dos filmes sobre a Natureza fluminense que são exibidos na sala de cinema da UENF.

— O objetivo do Espaço da Ciência é divulgar a ciência de forma lúdica e educativa. Futuramente, contaremos também com uma sala de cinema 3D — diz Novelli. Nos últimos dois anos — após mudança para o campus da UENF — o Espaço da Ciência já recebeu cerca de 5 mil visitantes, provenientes de várias escolas de ensino fundamental e médio de Campos e também de outras cidades do Norte e Noroeste Fluminense, como São Fidélis, Macaé e São João da Barra.

Reaberto em 2009, com o apoio da Reitoria da UENF e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) — que investiu R$ 23 mil no projeto —, o Espaço da Ciência ocupa uma área de 300 m2 dentro do campus da UENF, próximo ao Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA). De 1999 a 2004, o Espaço funcionou fora da UENF, em uma área na Avenida Alberto Lamego. Na época, registrou a presença de mais de 50 mil visitantes. As visitas, que devem ter no máximo 70 alunos por escola, devem ser marcadas previamente pelo telefone (22) 2739-7275, às segundas e terças-feiras, das 8h às 18h.


Éder Souza
Fúlvia D'Alessandri
           

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