quinta-feira, 3 de maio de 2012

Controle biológico com insetos

Crisopídeo adulto
Pesquisa pode tornar mais eficaz o controle biológico de pragas através de insetos

Pesquisadores da UENF estão mostrando que as fêmeas de alguns insetos são bastante seletivas na hora de depositar seus ovos. Em sua pesquisa de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da UENF, o biólogo Fortunato Brunetti Lambert descobriu que, no caso de duas espécies da família Chrysopidae — um dos grupos mais utilizados no controle biológico de pragas —, as fêmeas tendem a depositar seus ovos preferencialmente próximo a presas que venham a proporcionar um melhor desempenho da prole — melhor desenvolvimento, sobrevivência e reprodução.

Orientado pelo professor Gilberto Soares Albuquerque, o trabalho está inserido na linha de pesquisa do Setor de Inimigos Naturais do Laboratório de Entomologia e Fitopatologia (LEF) da UENF, que desde o final da década de 1990 investiga a diversidade, características bionômicas e potencial dos crisopídeos no controle de pragas no Norte Fluminense.

Uma presa do crisopídeo
— A pesquisa é muito importante para o controle biológico, porque há a possibilidade de apontar qual espécie predadora é o inimigo natural mais adequado para controlar a população de uma determinada praga agrícola. Quanto mais conhecimento sobre tal assunto adquirirmos, mais viável esta prática se torna, diminuindo assim a quantidade de agroquímicos pesticidas utilizados na lavoura — explica Fortunato, acrescentando que ainda são necessários estudos, principalmente, sobre a ecologia e o comportamento destes insetos antes que este conhecimento possa ser aplicado no campo.

Segundo o pesquisador, os insetos da família Chrysopidae estão presentes com relativa abundância na maioria dos agroecossistemas, predando diversas presas, tais como pulgões, cochonilhas, ácaros e muitos outros pequenos artrópodes com tegumento facilmente perfurável. Por este motivo, vêm sendo muito utilizados no controle biológico de pragas em todo o mundo.

Se você quiser saber mais sobre o assunto veja a versão preliminar da dissertação de Fortunato aqui.

Fúlvia D'Alessandri
Letícia Barroso

Nenhum comentário:

Postar um comentário