terça-feira, 23 de outubro de 2012

Depois do infarto

Pesquisa da UENF testa terapia com células-tronco para recuperar tecido danificado

Artérias coronárias (foto Wikipedia)
O infarto do miocárdio é o responsável por 400 mil internações por ano no Brasil, gerando um gasto de cerca de 150 milhões de reais. Com foco no tratamento do infarto, a pesquisa de mestrado de Jussara Peters  Scheffer, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em  Ciência Animal da UENF,  tem a ambição de tornar possível uma recuperação melhor do paciente pós-infarto, com a recuperação da área lesionada do músculo cardíaco, melhorando assim o prognóstico e recuperação do paciente.

Depois do infarto, a parte atingida do coração cria uma cicatriz que impede esta zona de apresentar uma função normal, o que, de acordo com a área atingida, pode comprometer a qualidade de vida.  A terapia consiste em aplicar células-tronco no local do infarto, permitindo que o coração repare o tecido danificado e, consequentemente, esteja novamente capacitado a desenvolver suas funções. 

Orientado e coorientado respectivamente pelos professores Claudio Baptista de Carvalho e André Lacerda, o estudo já passa por sua fase clínica, ou seja, já estão sendo feitos testes em seres humanos, mas ainda sem resultados definitivos. O que ainda está sendo avaliado é quando a terapia deve ser aplicada: no mesmo dia do infarto, 30 dias depois ou outras opções.

Jussara Peters Scheffer, da UENF
Os dados estão sendo processados com a ajuda de uma equipe de estatísticos do Instituto do Coração de Porto Alegre.

A pesquisa, selecionada para apresentação oral, é uma das 404 apresentadas durante a XII Mostra de Pós-Graduação da UENF, realizada de 15 a 18/10/12, no Centro de Convenções da Universidade. O evento integrou a programação local da IX Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, ao lado da IV Mostra de Extensão IFF-UENF-UFF.

Ana Clara Vetromille

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