quarta-feira, 17 de abril de 2013

Coluna Infinitum - Asteroides






Asteroides


Adriana Oliveira Bernardes
adrianaobernardes@uol.com.br 


Muita gente, quando pensa na possibilidade de uma catástrofe mundial, não descarta a possibilidade de que isso aconteça devido à colisão de um asteroide com a Terra. A passagem do asteroide 2012 DA 14, no início de fevereiro, trouxe de volta muitas discussões e, apesar de a Nasa (Agência Espacial Americana) ter descartado a possibilidade de colisão com nosso planeta, ainda assim muitas pessoas ficaram temerosas. Por isso vamos entender melhor o que é um asteroide e quais as consequências de uma possível colisão.

Os asteroides, que já foram chamados de planetoides (dependendo de sua massa e forma), são corpos rochosos, compostos principalmente por silicatos (constituídos de silício, oxigênio e certos metais). Eles orbitam o Sol, a maioria entre Marte e Júpiter, localizando-se no que chamamos cinturão de asteroides.



Estes corpos são pequenos demais e não podem ser considerados planetas. No cinturão de asteroides existem predominantemente corpos cujo tamanho varia de uma bola de futebol ao tamanho de um ônibus. Vale lembrar que é lá também que se localiza o planeta anão Ceres, bem maior que a maioria dos asteroides, tendo sido por isso considerado planeta anão a partir de 2006.

Esta região entre Marte e Júpiter é considerada o principal cinturão de asteroides, mas existem alguns deles além deste local do Sistema Solar. O cinturão de asteroides principal possui áreas (faixas orbitais) praticamente vazias, chamadas de lacunas de KIRKWOOD.

Desenho representando o cinturão de asteroides

Existem duas teorias a respeito destes corpos: uma diz que os mesmos já foram planetas que sofreram uma brutal colisão, desintegrando-se; a outra, que são materiais que nunca conseguiram se fundir na época em que nosso Sistema Solar era formado pelos chamados planetesimais. Sim, houve uma época em que o Sistema Solar em formação possuía partículas sólidas, com gases agregados a elas, que foram progressivamente se aglutinando até formarem corpos rochosos que colidiam entre si, dando origem a corpos cada vez maiores. Muitos desses corpos transformaram-se em planetas, já que possuíam tamanho suficiente para se tornarem únicos em suas órbitas.

A maioria de nós já observou no céu meteoros luminosos. Quando asteroides entram em rota de colisão com a Terra são chamados meteoroides. Ao penetrarem na atmosfera terrestre, o atrito à alta velocidade faz com que o material se queime. Se ele não queimar completamente e atingir a superfície da Terra, será chamado então de meteorito. Ou seja, o asteroide dá origem aos meteoritos, que são facilmente observáveis na fase de meteoros na atmosfera terrestre mas erroneamente chamados pela população de estrela cadente.



A passagem do asteroide 20012 DA14, que aconteceu no dia 15 de fevereiro, chamou e muito a atenção da mídia, tendo sido noticiado em telejornais, jornal impresso e internet. Há cem anos um cortejo de meteoros foi visto desde o Canadá até o nordeste do Brasil em um dos mais espetaculares eventos do tipo já registrados.

O 2012 DA 14 tem 50 metros de largura e passou a uma distância de 27.000 km da terra. Para se ter uma ideia, a órbita dos satélites geoestacionários se situa a cerca de 35.000 km da Terra. Asteroides como o 2012 DA 14, que podem até ser restos de cometas, não são capazes de causar um cataclismo universal. O  que gerou a Cratera do Meteoro no Arizona há 50.000 anos, que também tinha aproximadamente o tamanho do DA 14, provocou o episódio de Tungusta na Sibéria (União Soviética) em 1908.

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