segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Causas para o declínio da goiabeira

O município de São João da Barra já foi conhecido pela qualidade de seus doces caseiros e oriundos de produção industrial — dentre os quais um dos destaques era a deliciosa goiabada. No entanto, a queda na produção da fruta — que levou à quase total eliminação das lavouras de goiaba que havia no município — alterou drasticamente este cenário. O problema chamou a atenção de um grupo de pesquisadores do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da UENF (CCTA), que se dedicam a encontrar as causas e possíveis soluções para o problema.

Um deles é o professor Ricardo Moreira de Souza, do Laboratório de Entomologia e Fitopatologia (LEF), que há sete anos se dedica às pesquisas.  O trabalho — que já rendeu cinco dissertações de mestrado e uma tese de doutorado — apontou como causa do problema a conjugação de dois fatores: o fitomenatoide Meloidogyne enterolobii e o fungo de solo Fusarium solani. Associados, os dois permitem que o fungo invada a planta e faça apodrecer todas as suas raízes, provocando rapidamente a morte do vegetal.

O "declínio da goiabeira", como foi denominada esta nova doença, é uma grande preocupação de toda a sociedade. Isto porque a doença vem afetando não só o Norte Fluminense, como diversas outras partes do país, acarretando sérios prejuízos econômicos aos pequenos produtores rurais. A questão vem sendo alvo de pesquisas em várias regiões do país.

— O problema já matou entre 6 e 7 mil hectares de goiabeiras em todo o Brasil. Em São João da Barra, os produtores abandonaram a lavoura e isso logicamente teve grandes reflexos na agroindústria — afirma Ricardo, acrescentando que as pesquisas devem ajudar a descobrir uma forma de controlar o problema, possibilitando a retomada da produção de goiaba em todo o país.

O trabalho tem participação de outros três professores da UENF: Silvaldo Felipe da Silveira, que também atua no LEF; Alexandre Pio Viana, do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV); e Cláudia Sales Marinho, do Laboratório de Fitotecnia (LFIT).

Cilênio Tavares
Fúlvia D'Alessandri

Um comentário:

  1. Parabéns pelo trabalho e espero que consigam sucesso na empreitada seguinte: Produzir novas GOIABEIRAS!
    Lendo rapidamente este relato, pensei em propor a vocês uma Pesquisa que deva ter algo em comum com o caso da goiabeira: A morte de todas as MANGUEIRAS há alguns anos em minha Propriedade,que fica próxima a Paraíso do Tobias, Distrito de Miracema, RJ; além de todas as da Região. Mas as minhas ocupavam um espaço reservado somente para elas, não sei calcular bem, mas acredito de ser de quase 2 hectares ( Manga espada, especial, trazidas as mudas de VIÇOSA por meu saudoso Pai, onde estudou. ). Procurei todos os recursos possíveis na época, pois residia em Niterói, RJ, e fui à EMATER, SEC. DE AGRICULTURA, um outro Órgão especializado em VEGETAIS, PESAGRO ETC..... A única orientação recebida foi de cortar o galho onde começavam as primeiras folhas a secar e colocar fogo... outros diziam ser um besourinho que se alimentavam da seiva ( depois de todas mortas )... E fui olhar os troncos, folhas levadas para Niterói, galhos...Depois de um tempo soube que estava acontecendo em S. Paulo e era o tal besourinho.
    Mas não fiquei convencida até hoje.
    Um funcionário da PESAGRO de CAMPOS foi lá e pediu para colher a terra de vários pontos da Propriedade, no entorno, mais próximas à região do mangueiral. Levei pessoalmente ao Horto, PESAGRO, em Niterói, e até hoje não me deu nenhuma notícia, mesmo procurando várias vezes... por volta de uns 8 a 10 anos.
    Fui à VIÇOSA e comprei mudas de outras FRUTEIRAS: Laranja, Tangerina, Limões, Caju, Abio roxo e amarelo, Romã, Caqui, Carambola... Deram muitas frutas e deliciosas! Mas depois começaram a aparecer umas folhas mortas... pedi ajuda à Equipe de Miracema da Secretaria Estadual e a Municipal de Agricultura, EMATER... e não consegui que ninguém fosse lá ver, analisar... e, como trabalhava, tinha filhos e só podia ir à roça no final de semana ou feriadão, acabei não podendo ir buscar alguém na cidade... e perdi todas as minhas fruteiras!
    Pergunto: Teria alguma relação com o mesmo terreno das mangueiras que adoeceram e morreram? Quando plantei as outras fruteiras usei adubo de cova e podava em julho/agosto.
    Está arrendada a propriedade mas eu tenho minha casinha e terreno em volta com fruteiras muito antigas e nem tenho ido lá desde o Carnaval....não chove há muito tempo. E me dói ter precisado fazer este arrendamento...
    Se tiverem interesse em Pesquisar, sem custos para mim, coloco minha propriedade às ordens. Acredito que tenham outros interesses lá também: um capim importado pelo SUL DO BRASIL para substituir a Brachiária, mais forte, completo em tudo o que o gado precisa etc...... e virou praga no SUL, arrancando dentes dos animais... E o Dr. BRIGHENT, da EMBRAPA - JUIZ DE FORA-CORONEL PACHECO, descobriu tudo sobre o que tenho lá, vindo no meio de uma semente de BRACHIÁRIA que meu Pai comprou há anos! O gado o come quando novinho, mas depois vira um touceira e não dá para comer... já araramos com trator e plantamos nova brachiária e esta não o comina e sim ele... nem arrancando com enxadão!
    SEJAM BEM VINDOS AOS ESTUDOS E PESQUISAS!
    Minha casinha é de caseiro, simples, mas tem o que precisariam, se quiserem ficar lá ou podem ficar na cidade.
    Sou Rachel Bruno: 32-3084-8044; 32-8437-7783; 32-9119-6789 ( TIM ).
    No face RACHEL DE PAULA BRUNO.
    Atenciosamente,
    Rachel Bruno

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